domingo, 14 de julho de 2013

Metodos de Ensino


Métodos de ensino são modos de conduzir ou ministrar a aula e o ensino que se tem em mira. Método é um caminho na ministração do ensino pelo professor, para este atingir um determinado alvo na aprendizagem do aluno. Portanto, o método não é um fim em si mesmo. O professor deve conhecer a fundo não só aquilo que vai ensinar, mas também como ensiná-lo. É aqui que os métodos e os acessórios de ensino são de grande utilidade. Finalidade dos métodos de ensino É adaptar a lição ao aluno. Nunca o contrário. Os métodos de ensino atuam nos sentidos físicos do aluno. 
O uso dos métodos de ensino Uma aula apresenta normalmente uma combinação de dois ou mais métodos. Nunca um só. Jesus ensinou usando métodos. Seguiremos seus passos no estudo dos métodos. Métodos somente não resolvem. É preciso que o professor (ou o obreiro cristão em geral) tenha também duas outras coisas – a mensagem dada por Deus, e a vida vibrante pelo Espírito Santo. O Mestre Jesus tinha as três coisas: MÉTODO (que comunica), MENSAGEM (que ensina) e VIDA (que conserva). Você pode preparar um trabalho, um sermão, um estudo bíblico, a lição bíblica etc, com todo carinho, esforço e boa vontade, mas somente Deus pode dar a mensagem cheia de vida espiritual. A escolha e combinação dos métodos de ensino Depende de vários fatores, como: 

• O grupo de idade, o qual tem suas características próprias, físicas, mentais, sociais e espirituais. 
• O material que vai ser utilizado.
 • O tempo de duração da aulaO preparo da aula é calcado no espaço de tempo que se terá e de conformidade com a idade dos alunos. 
• As instalações de ensino da escolaNão se pode aplicar um determinado método sem haver condições para isso. 
• O conhecimento do professor. O conhecimento que ele já tem do assunto em mira, bem como o das leis de ensino e da aprendizagem. 
• Os objetivos da lição do diaIsso deve muito influir na escolha dos métodos de ensino da lição pelo professor. Os métodos de ensino Os métodos de ensino afetam os sentidos físicos, os quais são meios de comunicação da alma com o mundo exterior. É por meio deles que ela explora o mundo em volta de si, bem como recebe suas impressões. 

A) Método de Preleção. Também chamado expositivo (Mt 5.1-2 e Lc 4.22). Nunca deve ser usado só. Em combinação com outros métodos, como Jesus usou, é de grande valor no ensino. Sozinho, tem mais desvantagens do que vantagens. Nem sempre falar quer dizer ensinar! É praticamente nulo com os infantis (Não confundi-lo com o método da Narração, que veremos logo mais). 

B) Método de Perguntas e Respostas. Também conhecido por Método Socrático, por ter sido largamente 19 usado por Sócrates. Por exemplo: Mateus 22.42-45, encerra quatro perguntas de Jesus. 

Vantagens deste método: 
• Serve como ponto de contato entre o professor e o aluno. 
• Ajuda a medir o conhecimento do aluno. Como o professor pode saber se o aluno entendeu a verdade ensinada? (Ver Mateus 13.51; 16.9-12; 22.20; Marcos 13.2). 
• Desperta o interesse. É, portanto um método utilíssimo para o início e fim de aula. Jesus iniciou uma palestra com um doutor, perguntando: “Como interpretas a lei?”, Lc 10.26. Felipe, o evangelista, iniciou sua fala com o alto funcionário de Candace, perguntando: “Compreendes o que vens lendo?”. 
• Estimula e orienta o pensamento. Uma pergunta bem feita leva de fato o aluno a pensar (ver Mateus 9.28). 

É preciso técnica na formulação de perguntas. Observe isto: 

• Faça perguntas resumidas e claras. • Evite perguntas cujas respostas serão sim ou não. Exemplo de pergunta errada: “Jesus mudou água em vinho, em Caná da Galiléia?” A pergunta correta seria: “Que milagre fez Jesus em Caná da Galiléia?”. 
• Ao lançar uma pergunta, você como professor: 
1) Dirija-se à classe toda. 
2) Faça uma pausa de 5 a 6 segundos para que todos pensem na resposta. 
3) Em seguida, chame um aluno pelo nome para respondê-la. Evite seguir uma ordem exata na chamada dos alunos. 
4) Dê importância à resposta certa. O método de perguntas e respostas leva o aluno a participar ativamente da aula. Pode ser usado em todos os grupos de idade. Aos alunos de mais idade, o professor deve mostrar a diferença entre perguntar para querer saber, e simplesmente especular. 

C) Método de DiscussãoÉ também chamado Debate Orientado. A sequência na condução do Método da Discussão é: pergunta, seguida de argumentação, seguida de análise, seguida de resposta (Lc 24.15-27,32; At 17.3,17; 18.4; 19.9). Para discutir um assunto, subentende-se que os alunos já têm informação sobre o mesmo. O professor precisa manter o equilíbrio da argumentação e não permitir que o tema seja desviado, ou que um aluno fale mais tempo que o estritamente necessário. Se o método não for habilmente conduzido pelo professor, resultará em desorganização, confusão e até aborrecimentos. 

D) Método AudiovisualOs registros mais antigos das primeiras civilizações trazidos à luz pela arqueologia estão em forma visual, principalmente desenhos e esculturas. No método audiovisual, a mensagem que se quer transmitir é ouvida e vista, combinando assim dois poderosos canais de comunicação na aprendizagem. Ela atrai e domina a atenção, aumentando portanto a retenção. Os psicólogos ensinam que as impressões que entram pelos olhos são as mais duradouras. 20 Exemplos de Jesus utilizando esse método: Mateus 6.26 (“Olhai para as aves do céu”); Mateus 6.28 (“Olhai para os lírios do campo”); João 10.9 (“Eu sou a porta”); João 15.5 (“Eu sou a videira, vós as varas”); Marcos 12.15- 16 (“Trazei-me um denário. De quem é esta efígie?”); Lucas 9.47 (Tomou uma criança, colocou-a junto a si); Ezequiel 4.1 (Deus mandando Ezequiel gravar o perfil de Jerusalém num tijolo). Portanto, esse método utiliza material o mais variado. Seu emprego é de grande valor no setor infantil, mas também nos demais. Depende do emprego dosado. 

E) O Método de Narração. São as histórias. E nesse campo, nada suplanta a Bíblia. Jesus usou muito esse método, apresentando histórias em forma de parábolas, como em Mateus capítulo 13 (todo). A história é qual janela deixando a luz entrar. Na Bíblia, a maior fonte de história é o Antigo Testamento. Pode ser aplicado a todas as idades. A história, depois de narrada, precisa ser aplicada. Veja o caso de Natã ensinando Davi, em 2Samuel 12.1-4 e, em seguida, aplicando o ensino no versículo 7 do mesmo capítulo. O Novo Testamento também contém muitas histórias. A história é para a criança o que o sermão é para o adulto. Exemplos de Jesus usando o método de narração: • O Bom Samaritano (Lc 10. 30-37). • A Ovelha Perdida (Lc 15. 3-7). • As Dez Virgens (Mt 25. 1-13). • O Filho Pródigo (Lc 15. 11-32). Há muitas outras fontes de histórias além da Bíblia, como a natureza, as biografias, os fatos do momento etc. 1) Três distintas finalidades de uma história: • Usada como lição em si. • Usada como ilustração em apoio a um tema. • Usada como introdução de uma lição ou tema. 2) Três regras básicas para o êxito ao contar histórias: • Conheça de fato a história. • Mentalize a história, mesmo conhecendo- a. • Viva a história; isto é, “sinta-a” ao contá-la e dramatizá-la. 

F) O Método de Leitura (Lc 4.16 e Jo 8.6). O professor pode mandar os alunos procurar textos em suas bíblias e ler. Isto tem um valor maior do que se pensa. A leitura pode ser de outra fonte além da Bíblia. 

G) O Método de TarefasEsse é um grande método – aprender fazendo. Método ideal para crianças desde a mais tenra idade. A criança aprende de fato quando faz a lição, devidamente instruída pelo professor. Jesus, para ensinar certa lição a Pedro, usou este método (Mt 17.24-27). Outros exemplos: Mateus 17.16-21; Marcos 6.45-52; Lucas 9.14-17; João 9.6,7; 21 (o capítulo todo); Atos 17.11. 

Aqui estão incluídos: 
• Trabalhos de pesquisa. 
• Trabalhos de redação. 
• Trabalhos manuais (desenhos, esboços, mapas, montagens de lições ilustrados, figuras, labirintos, enigmas, palavras cruzadas). 

O professor, ao aplicar esse método, deve dar instruções as mais claras possíveis se quiser ver resultados satisfatórios. 

H) O Método Demonstrativo. É o método do exemplo, altamente influente e convincente. É ensinar fazendo. Jesus usou-o. Ele fazia antes de ensinar (Jo 13.15; At 1.1; 1Pd 2.21). É o método “faça como eu faço”. É o método do exemplo (Ed 7.10; Mt 4.19; 6.9; 11.2-5; Jo 13.15; 1Co 11.1). Os alunos precisam não somente aprender de Cristo, mas “aprender a Cristo” (Ef 4.20). Só é possível “aprender a Cristo” quando Ele tem expressão por meio da vida de alguém. 
As marchas e cânticos com gestos para os pequeninos têm grande valor aqui, assim como as dramatizações.

Todos os métodos de ensino conduzem às duas coisas quanto ao aluno: 
impressão expressão. Isto é, os métodos visam impressionar a mente e o coração do aluno, para levá-lo a expressar-se educativamente. Acessórios de ensino Alguns deles são:
• Quadros, gravuras (especialmente os coloridos).
• Flanelógrafos (de diferentes tipos).
• Projetores de variados tipos (dependendo de custo e finalidades).
• Retroprojetor.
• Episcópio.
• Transparências, eslaides educativos e de boa fonte, quanto à qualidade e conteúdo.
• Mapas bíblicos para aula.
• Livros de trabalhos manuais.
• Lápis em cores, cartolina etc.
• Modelos (do tabernáculo, do Templo de Salomão, de casas orientais etc). 


Texto extraído do livro Manual de Escola Dominical, do pastor Antonio Gilberto.



Regras Básicas Para o Bom Desempenho de um Professor de EBD


Um professor de EBD necessita muito mais do que habilidade verbal e conhecimento; é essencial que haja realmente o chamado e muito amor pelas almas, porque a EBD é a continuação do trabalho missionário.
Uma das mais nobres missões da Igreja na era cristã é o ensinamento, pois uma das últimas ordens que Jesus Cristo nos deixou foi fazer discípulos e ensiná-los a guardar todos os seus mandamentos. Para que essa ordem seja cumprida é necessário que hajam mestres, e esse ministério é tão complexo que a Bíblia, em Tiago 3:1, ainda nos adverte da seguinte maneira: "Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo". Diante de um "incentivo" desses, somente o que cada um de nós tem a fazer é procurar ter a certeza do seu chamado, pedir a graça de Deus, ter o máximo de cuidado ao abrir a sua boca e se dedicar ao máximo nessa tão honrosa e espinhosa tarefa. Dos poucos privilegiados com a dádiva de maravilhoso dom, a grande maioria recebe a oportunidade de exercê-lo na Escola Bíblica Dominical de sua igreja local, a qual merece indiscutivelmente o título de maior curso teológico do mundo pois está inserida na programação de trabalhos de quase todas as denominações evangélicas. Diante da grande demanda de alunos existe um fator muito preocupante que é a qualidade dos professores, pois o êxito de cada classe depende muito de uma boa apresentação em suas aulas.

A utilização de todos os recursos possíveis é indispensável; por isso o professor deve estar sempre tentando manter-se atualizado na busca de conhecer novas ferramentas.

Obviamente, cada local possui condições e regras diferentes como, por exemplo, ambientes barulhentos devido a existência de várias turmas num mesmo salão, tempo de ministração muito curto, pouco ou nenhum material de trabalho, alunos desinteressados ou "participativos" demais, obreiros líderes que interferem com opiniões próprias e uma série de outros obstáculos que contribuem para inibir professores não preparados, principalmente os iniciantes. Mas, com boa vontade e dedicação, é possível superar a tudo isso e obter um bom aproveitamento observando e colocando em prática pequenos detalhes que, embora pareçam pequenos, fazem grande diferença. Vejamos alguns deles:

O professor deve chegar sempre cedo e cumprimentar um por um; pois é ele que deve esperar pelos alunos e não os alunos esperarem por ele.
Conhecer, ainda que não profundamente, o ambiente e o estilo de vida dos membros da igreja; pois a aplicação de comparações e ilustrações adequadas são fundamentais para se obter um bom aproveitamento.
Não precisa ter uma oratória perfeita e nem ser um bom animador de palco, mas seu timbre de voz e a maneira de abordar cada tema deve causar curiosidade e interesse; pois a primeira impressão é a que fica, e o que não começa bem dificilmente acaba bem.
Manter a voz num tom moderado para que a sua turma possa ouvi-lo sem atrapalhar as demais classes; pois esse é um local de ensinamento bíblico e não uma feira.
Não usar roupas ou perfumes chamativos; pois os alunos devem prestar atenção ao que ele diz e não nele.
Controlar gestos e evitar gírias ou piadas em excesso; pois o foco da lição não deve ser substituído pela imagem do professor.
Se tiver problemas com nervosismo, deve controlar-se ao máximo para não demonstrar isso; pois nervosismo não passa credibilidade aos ouvintes.
Trazer sempre coisas novas que despertem a atenção dos alunos; pois se for só para ouvir que Jesus é bom, a maioria vai preferir continuar indo somente aos cultos normais mesmo.
Se for fazer uso de dinâmicas, ter muito cuidado para aplicar atividades que respeitem o nível intelectual de cada um; pois, em muitos lugares, nem todos são bem alfabetizados ou têm facilidade para executar tarefas difíceis;
Utilizar bastante recurso visual dentro de suas possibilidades como, por exemplo, fotos, desenhos, gráficos, mapas e vídeos; pois o que se vê é muito mais lembrado do que o que se ouve.
Mesmo que tenha uma boa memória ou utilize recursos tecnológicos deve sempre expor sua Bíblia; pois é importante que os alunos vejam que ele está ensinando a Palavra e não dizendo o que pensa.
Não é obrigado a ler tudo o que está escrito na revista, mas apenas ter o cuidado de não fugir do assunto nela exposto; pois ela é só um material de orientação e sua leitura integral toma muito tempo.
Levar conteúdos adicionais mesmo que não pretenda usá-los, para caso aconteça de seus comentários se esgotarem antes do tempo previsto; pois um professor que se senta antes do superintendente determinar o final da aula está provando que não é apto para o ensino.
Se for confrontado, deve dar um certo espaço para o aluno falar e, demonstrando convicção, responder com mansidão e simpatia; pois professores são como pastores e devem juntar e não dispersar as ovelhas.
Nunca se esquecer de que ele não é um repórter ou um contador de histórias, mas sim um defensor da Palavra de Deus; pois ensinar a Bíblia não é formar livres pensadores, mas sim fazer discípulos convictos de que realmente estão seguindo o caminho da verdade.
Ter amizade com os alunos e, quando notar a falta de alguém, ligar ou fazer uma visita; pois, muitas vezes, nossos irmãos podem estar precisando de uma palavra de conforto e não somente de palavras de conhecimento.
Evitar citar nomes quando fizer perguntas; pois há muitos alunos que nunca mais voltam depois de terem passado pela vergonha de não conseguirem responder algo.
Se alguém fizer algum comentário errado ou pergunta fora do assunto, procurar corrigir com jeito para não expô-lo ao vexame; pois um aluno ridicularizado é um aluno a menos.
Não deve falar muito de si mesmo ou de sua vida pessoal; pois isso não é um discurso de autobiografia ou um culto de testemunhos e sim um ensinamento.
Lembrar-se de que está ensinando a Palavra de Deus e não uma disciplina humana; pois se você está diante desse valiosíssimo Trabalho é para dar honra e glória ao nome dEle.

Um bom professor não estuda apenas para a aula, mas está sempre atento para absorver o máximo de informações possível de tudo a sua volta.

Esses são apenas alguns dos inúmeros itens que um professor de Escola Bíblica Dominical deve colocar em prática para ter um bom desempenho diante dos alunos. De fato, essa não é uma tarefa nada fácil, porque um professor de Bíblia ensina múltiplas matérias, pois as Escrituras Sagradas, juntamente com as questões espirituais, abordam também questões históricas, geográficas, científicas, biológicas, matemáticas, morais, políticas e linguísticas, o que exige também um razoável domínio da língua portuguesa. Um professor de EBD é mais do que um professor, ele é um mestre chamado por Deus para resgatar vidas do abismo da falta de conhecimento, que é a arma maligna que o inimigo tem usado para levar o povo ao perecimento. Por isso, valorize e se dedique ao máximo sabendo que o vosso trabalho, mesmo que, por muitas vezes, pareça não estar sendo devidamente reconhecido, não é vão no Senhor.


Método de Divisão em Grupos nas aulas da EBD


O Método de Divisão em grupos, como o próprio nome sugere, consiste na divisão da totalidade dos alunos em pequenos grupos, com objetivos definidos para estudo de um tema ou uma atividade, sob a orientação de um professor ou um líder, com apresentação de resultados.
Este método possibilita a participação, a comunicação, estimula a troca de ideias, pessoas tímidas se sentem mais encorajadas para falar e propicia a capacidade de liderança.
Alguns cuidados na utilização deste método precisam ser observados, como: o assunto principal pode ser desviado, daí a necessidade de uma liderança firme e habilidosa; há ainda, a possibilidade de uma pessoa dominar a discussão, deixando de lado os demais componentes sem participação; quando não há conhecimento do tema, as contribuições dos grupos podem ser limitadas, dessa forma é interessante uma boa orientação do professor para este tipo de trabalho.


     Os desafios para a utilização deste método, nas aulas da Escola Dominical, aparecem devido a estrutura da EBD, na qual a maioria das aulas acontecem dentro do templo e a organização das classes é feita por agrupamento em bancos de madeira, pesados e difíceis de serem arrastados. Mesmo assim, há formas de fazê-lo, veja quais as possibilidades:
- Dividir a turma por proximidade, isto é, os grupos são formados por alunos que estão próximos, sem mexer nos bancos etc.
- Solicitar o uso de uma sala ou outro espaço que porventura a igreja disponibilize para aulas da EBD; então, é interessante um agendamento prévio com o superintendente, para que seja reservado este ambiente, como também realizar a permuta de local, caso alguma turma utilize costumeiramente aquele espaço.
            Durante o trabalho em grupo é interessante, que o professor passe em cada grupo, tirando dúvidas e observando o direcionamento da atividade. Dividir os alunos em grupos não significa momento de descanso para o professor, a atenção deve ser redobrada, tanto no momento da atividade em si, como na apresentação.
No momento da apresentação, permaneça diante da turma, ao lado dos alunos de cada grupo. Dessa forma, você estará dando suporte emocional aos que estão nervosos e sendo assim eles se sentirão mais seguros. Observe o que está sendo dito, acrescente outras informações e corrija se necessário.
Geralmente, quando o professor pede que formem grupos, a tendência natural é que os alunos se agrupem com aqueles que mais conversam e têm mais interação. Mas, a divisão dos alunos pode ser feita de forma criativa, dependendo do que você deseja alcançar; se você procura também promover socialização, veja algumas dicas:
- Distribua recortes de cartolina de cores diferentes de acordo com o número de grupos que você deseja formar; observe a quantidade de alunos, veja a quantidade de grupos que podem ser formados e o número de elementos do grupo, separe a quantidade de cores; distribua aleatoriamente e solicite que os alunos se grupem pela cor.
- Há ainda uma variação, usando cores diferentes: colocar o pedaço de cartolina colorida nas costas dos alunos, com fita adesiva, sem que eles vejam a cor. Depois, peça para que se agrupem de acordo com a cor que está nas costas. A princípio, eles vão estranhar, pois não estão vendo sua cor, mas observem as saídas que eles encontrarão, sempre tem alguém que toma a iniciativa e pergunta qual a cor que ele tem nas costas e também coopera com o colega falando a cor dele. Então, o agrupamento acontecerá através do ato colaborativo entre eles.


- Outra maneira de dividir os alunos em grupos é feita com a utilização de números, que podem ser distribuídos para os alunos para que formem grupos que tenham a mesma numeração ou, ainda, colocar o número nas costas, tendo o mesmo procedimento já descrito no parágrafo anterior.
- Utilizar quebra-cabeças para dividir os alunos em grupos também é possível; para isto, escolha figuras, cole numa cartolina e no verso trace linhas para formar o quebra-cabeça e recorte; a quantidade de peças do quebra-cabeça dependerá da quantidade de componentes que você deseja para cada grupo. Antes de formar os grupos, misture as peças de todos os quebra-cabeças e oriente os alunos para que procurem outros colegas que tenham peças referentes a uma mesma figura e monte o quebra-cabeça.
Após a organização dos grupos, perguntem aos alunos o que acharam da forma para a divisão deles em grupos, reflita sobre a importância da integração entre eles e comece a atividade proposta. É interessante ter controle sobre o tempo da atividade, então estipule o tempo que durará a tarefa e no processo fiquem lembrando aos alunos sobre o tempo já decorrido ou o que ainda dispõem.
Para o resultado da atividade grupal, o tempo também deve ser bem controlado. Há diferentes formas de apresentação, podendo ser escolhida apenas uma pessoa do grupo para isto, ou todos do grupo apresentam uma parte, com uso apenas da voz ou com algum material disponibilizado(cartolina, pincel atômico etc) ou se deixar a critério deles, formas criativas vão aparecer, como esquete, música, poema, mímica etc.
Agregar o método de Divisão em grupos à aula expositiva é uma forma de dinamizar o ensino e proporcionar a participação dos discentes no processo de aprendizagem. Utilizá-lo na EBD é possível, observe e coloque em prática as orientações aqui expostas.

Por Sulamita Macedo


sábado, 13 de julho de 2013

Iniciando a Aula


Professoras e professores, para esta lição, apresento as seguintes sugestões:
 - Iniciem a aula, cumprimentando os alunos, perguntem como passaram a semana. Escutem atentamente as falas dos alunos e observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração. Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.
Após a chamada, solicitem ao secretário da classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante a semana, através de telefone ou email.
Os alunos se sentirão queridos, cuidados, perceberão que vocês sentem falta deles. Dessa forma, vocês estarão estabelecendo vínculos afetivos com seus alunos.
Compreendem a importância desse ato?
Vocês realmente estão fazendo isto?
 - Falem do tema da lição: Esperança em meio à adversidade.
- Trabalhem o conteúdo proposto na lição, buscando sempre a participação dos aluno


MENSAGEM – A VIDA DE JÓ NOS ENSINA QUE DEUS ESTÁ NO CONTROLE



 TEXTO BÍBLICO – JÓ 1.1
                1.1   Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.

                INTRODUÇÃO
                Certa garota um tanto decepcionada, escreveu essa carta para seu pastor: Prezado Pastor, Saudações! Desde pequena sempre desejei ser psicóloga clínica para poder ajudar as pessoas. Passei no vestibular para psicologia, e o que mais me aflige hoje é não conseguir atuar na minha área por sentir-me um pouco abalada emocionalmente em função de muitas coisas que aconteceram em minha vida. Bem durante o período da faculdade, minha mãe descobriu que tinha câncer. Assim lutamos como família pela sua recuperação, mas de nada adiantou, e ela veio a falecer. Depois, meu noivo que eu tanto amava sofreu um acidente de carro e também faleceu. Nesse período perdi um irmão pois reagiu a um assalto, e hoje meu outro irmão luta para sobreviver pois é soropositivo. Minha maior dificuldade é chorar. Tenho medo de começar e não parar mais. Fica tudo preso no peito e as vezes acho que não vou agüentar tantas dificuldades. Por hoje é só. Muito obrigada!     
O livro de Jó é um dos livros mais antigos da Bíblia Sagrada. Provavelmente Jó viveu antes do patriarca Abraão. O livro conta a história de um homem chamado Jó que teve uma vida e problemas incomuns. Jó era um homem admirável. Homem íntegro e reto diz as escrituras. O homem mais rico de todo oriente. O livro é uma referência ao problema do sofrimento humano. Vamos aprofundar!
CONHECENDO JÓ (1.1-6)
1.1   Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal. 1.2   Nasceram-lhe sete filhos e três filhas. 1.3   Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente. 1.4   Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. 1.5   Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.
Estamos diante de um grande homem de Deus. Isto não significa perfeito; significa que ele não fazia concessões aos erros morais. Seus negócios eram feitos com integridade. Ele cumpria a sua palavra. Tratava os outros com justiça. Como resultado, era respeitado pelos que o rodeavam, quer dentro ou fora da família. Era reto. Respeitava a Deus e evitava constantemente o mal. Era um homem de caráter.
No que se referia à família, Jó tinha sido abençoado com sete filhos e três filhas. Na ocasião em que a história de Jó é contada, os dez já são adultos. A vida dele estava em seu apogeu.
Naquele ponto ele havia acumulado um grande número de bens. Entre eles, 7.000 ovelhas. Grande parte da lã dos animais era vendida. O sustento da família seria obtido desses animais e de acres de plantações. Havia também 3.000 camelos. Ele possuía mil bois, que trabalhavam em pares para arar os campos férteis, preparando o solo para a plantação de sementes que eram mais tarde colhidas, provendo abundância de alimento. Sabemos também que havia 500 jumentas.
Ele levantava de madrugada e fazia ofertas pelo pecados dos filhos se houvessem cometido. Ao oferecer dez ofertas queimadas em nome de cada jovem adulto, ele se preocupava com a idéia de que poderia haver no coração deles uma pitada de desobediência, ou que talvez um deles tivesse contado uma piada vulgar durante seus encontros frequentes.
Jó é profundamente zeloso — espiritualmente sensível não só em relação à sua vida, mas no que se referia à coerência da vida de seus filhos. Homem de oração. Puro. Verdadeiro sacerdote.
A CENA MUDA (1.6-12)
                1.6   Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles. 1.7   Então, perguntou o SENHOR a Satanás: Donde vens? Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela. 1.8   Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. 1.9   Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus? 1.10   Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra. 1.11   Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face. 1.12   Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR.
É preciso fazer uma pausa no final do versículo. Se este fosse um romance, você viraria a página e iria para o próximo capítulo da história. Os versículos 1 a 5 estão cheios de boas notícias, bênçãos maravilhosas, integridade nos negócios, pureza de coração, fidelidade de vida. O homem é espiritualmente maduro, diligente no lar e respeitado em sua profissão.
Houve um dia no salão do trono de Deus. Somos levados do cenário familiar terreno para a cena desconhecida da presença de Deus no céu. Ao olhar à sua volta, o Senhor Deus vê seus servos angélicos que vieram para se apresentar diante dele. Presente entre eles encontra-se um intruso. Alguém que não se acha entre os anjos selecionados.
Seu nome é Diabo que significa adversário. Pedro nos diz que “Deus não poupou a anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo” (2Pe 2.4)  . O pecado deles parece ter sido o do orgulho, a recusa em aceitar seu lugar designado, pois eles “não conservaram suas posições de autoridade mas abandonaram sua própria morada” (Jd 6). Existe uma referência à queda de Satanás, o príncipe dos demônios, em Isaías 14: Como você caiu dos céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada! Como foi atirado à terra, você, que derrubava as nações! Você, que dizia no seu coração: ‘Subirei aos céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembléia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo'. Mas às profundezas do Sheol você será levado, irá ao fundo do abismo! (Is 14.12-15; cf. Ez 28.11-19).
Senhor Deus vê o intruso e fala com ele: “Donde vens?” (Jó 1:7). A resposta de Satanás é: “De rodear a terra e passear por ela” (Jó 1:7). Senhor então indaga: “Observaste o meu servo Jó?” (Jó 1:8). Ao ouvir a palavra mal, a fonte do mal responde: “Porventura, Jó debalde teme a Deus?” (Jó 1:9). O Acusador continua: “Acaso não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem?” (Jó 1:10).
“Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face” (Jó 1:11). “Faça com que ele desça ao pó, como o resto dos humanos tem de viver, e verá do que ele é feito. Vai voltar-se contra você num instante!”
Deus já ouvira o suficiente: “Disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder” (Jó 1:12). Veja o bilhete de permissão que ele entrega a Satanás: “Tudo o que ele tem está em teu poder.” E ele acrescenta uma advertência: “Somente contra ele não estendas a mão” (Jó 1:12). “Não toque na sua vida. Nao toque em seu corpo, em sua alma ou sua mente. Você pode remover seus bens e atacar sua família, mas depois deixa o homem.

JÓ PERDEU TODOS OS SEUS BENS (1.13-17).
1.13   Sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa do irmão primogênito,1.14   que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles; 1.15   de repente, deram sobre eles os sabeus, e os levaram, e mataram aos servos a fio de espada; só eu escapei, para trazer-te a nova.1.16   Falava este ainda quando veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os servos, e os consumiu; só eu escapei, para trazer-te a nova.1.17   Falava este ainda quando veio outro e disse: Dividiram-se os caldeus em três bandos, deram sobre os camelos, os levaram e mataram aos servos a fio de espada; só eu escapei, para trazer-te a nova.
De repente, alguém bateu forte na porta da sua casa. Uma vez aberta a porta, a vida de Jó jamais será a mesma. Parece o telefone que toca no meio da noite ou a batida inesperada em sua porta da frente.Deus, então permite a Satanás tocar nos bens. O homem mais rico do perde tudo, vai à falência, mas não perde a sua fé. Jó amava mais a Deus do que o dinheiro. A tese de Satanás caiu por terra!
JÓ ADORA A DEUS (1.20-22)
1.20   Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; 1.21   e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR! 1.22   Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.
Esta é a reação de Jó: lançou-se em terra e adorou. Depois de perder seus bens e riquezas, ele ainda encontra forças para adorar. Depois de enterrar seus 10 filhos ele diz: o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!  
Penso no conflito daquela sua primeira noite dolorosa, tentando dormir depois de sepultar seus dez filhos com as próprias mãos, deitado ao lado da mulher que suportara igualmente a perda, quando tudo lhe parecia envolto em uma espécie de névoa. Havia, porém, mais a sofrer.

SEGUNDO ROUND (2.1-6)
O segundo round começa no segundo capítulo: 2.1   Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles apresentar-se perante o SENHOR. 2.2   Então, o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? Respondeu Satanás ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela. 2.3   Perguntou o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Ele conserva a sua integridade, embora me incitasses contra ele, para o consumir sem causa. 2.4   Então, Satanás respondeu ao SENHOR: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. 2.5   Estende, porém, a mão, toca-lhe nos ossos e na carne e verás se não blasfema contra ti na tua face. 2.6   Disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está em teu poder; mas poupa-lhe a vida.
Satanás não quis deixar por menos e respondeu atrevidamente, como se dizendo: “De modo algum! Pele por pele. O homem dará tudo que tem para proteger sua vida. Mas ele ainda está rodeado pela sua cerca. Ainda recebe tratamento privilegiado. Não poderá sustentar-se sem os seus animais e prédios, mas ainda tem a sua saúde. Os filhos se foram, mas o casal pode ter outros. Permita que eu avance. Dê-me liberdade para quebrantá-lo ao máximo, tirando a sua saúde, e ele irá amaldiçoá-lo, em sua face.”

JÓ PERDEU A SUA SAÚDE (2.7-8)
2.7   Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. 2.8   Jó, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se.
Jó havia provado que amava mais a Deus do que ao dinheiro e filhos. Agora, Satanás dá mais uma cartada e insinua que ninguém ama mais a Deus do que a si mesmo. Satanás ataca: "... Pele por pele! Tudo quanto um homem tem ele dará por sua vida" (Jó 2.4).
Deus deu permissão a Satanás para ferir Jó, sem, contudo, tirar-lhe a vida (Jó 2.6). Satanás feriu Jó (Jó 2.7) espalhando feridas malignas em todo o seu corpo. Com a pele necrosada, Jó se raspava com um caco. Sua dor era insuportável. Ficou magro.
Feridas inflamadas, ulcerosas Jó 2:7
Coceira contínua Jó 2:8
Mudanças degenerativas na pele do rosto, desfiguração Jó 2:12
Perda de apetite Jó 3:24
Medo e depressão Jó 3:25
Feridas purulentas que se abrem, coçam, racham e supuram Jó 7:5
Vermes formados nas feridas Jó 7:5
Dificuldade para respirar Jó 9:18
Escurecimento da pálpebra Jó 16:16
Mau hálito Jó 19:17
Perda de peso Jó 19:20; 33:21
Dor excruciante, contínua Jó 30:27
Febre alta com arrepios e descoloração da pele, assim como ansiedade e diarréia Jó 30:30
Mesmo nessa situação, Jó não blasfema. Ele levanta ao céu dezesseis vezes a pergunta: Por que estou sofrendo? Porque minha dor não cessa? Por que perdi os meus filhos? Por que eu não morri no ventre da minha mãe? Por que eu não morri ao nascer? Por que o Senhor não me mata de uma vez? Jó espremeu todo o pus de sua ferida, mas permaneceu íntegro e reto!

JÓ PERDEU O APOIO DA SUA MULHER (2.9,10)
2.9   Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre.2.10   Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.
A mulher de Jó não suportou a pressão. Ao ver seu mundo desmoronar sobre sua cabeça, contemplando sua derrocada financeira, a perda amarga de seus filhos e a condição aviltante do seu mando, cerrou os punhos contra Deus e, cheia de mágoa e revolta, dirige-se a seu marido nesses termos: "... Tu ainda te manténs íntegro? Amaldiçoa a Deus e morre" (Jó 2.9). Jó, porém, respondeu: “... tu falas como uma louca. Por acaso receberemos de Deus apenas o bem e não também a desgraça? Em tudo isso Jó não pecou com os lábios" (Jó 2.10).
Não podemos criticar a posição desta mulher. Primeira, ela também perdera dez filhos. Até que você ou eu tenhamos perdido todos os nossos fihos, é preciso ter cuidado para não criticar alguém que esteja passando por essa tristeza profunda. Quem sabe o que faríamos diante de uma perda como essa?
Segunda, ela também sofrera a perda de sua riqueza e bens. Como toda mulher cujo marido alcançou um alto nível de segurança financeira poderia testemunhar, esse estilo de vida produz benefícios e prazeres que dão grande satisfação. Os muitos bens destruídos pertenciam também a ela; faziam parte deles o seu gado, a sua casa. Ela ficou repentinamente reduzida ao mesmo nível dele no plano económico.

JÓ RECEBE A VISITA DOS AMIGOS (2.11-13)
2.11   Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que lhe sobreviera, chegaram, cada um do seu lugar: Elifaz, o temanita, Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita; e combinaram ir juntamente condoer-se dele e consolá-lo. 2.12   Levantando eles de longe os olhos e não o reconhecendo, ergueram a voz e choraram; e cada um, rasgando o seu manto, lançava pó ao ar sobre a cabeça. 2.13   Sentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande.
Não demorou muito depois desta calamidade para que as notícias sobre Jó chegassem ao conhecimento da maioria de seus amigos. O homem tinha muitos amigos, não só aqueles que foram vê-lo naquele dia. Todos souberam que Jó tivera problemas, problemas trágicos. Só alguns, porém, decidiram viajar para estar com ele. Não sabemos quase nada sobre esses homens. Não sabemos ao certo onde moravam originalmente. São simplesmente chamados de “os três amigos de Jó”.
No capítulo 32 vamos encontrar um quarto amigo - mais moço do que esses três. Seu nome é Eliú. Quando Eliú entra na história, ele diz que é mais moço e admite ser tímido. Fica então nas sombras por algum tempo. Três ciclos de diálogos ocorrem entre Jó e esses três amigos originais, enquanto Eliú se mantém em silêncio.
A DEPRESSÃO DE JÓ (3.1-3)
3.1   Depois disto, passou Jó a falar e amaldiçoou o seu dia natalício. 3.2   Disse Jó: 3.3   Pereça o dia em que nasci e a noite em que se disse: Foi concebido um homem!
No capítulo 3 nos é apresentado um Jó ser humano, é não um super-herói. Uma pessoa que está triste, deprimida, exausta. Se ele estivesse no hospital hoje, um aviso de Visitas Proibidas teria sido colocado em sua porta.
Jó se encontra no fundo de seu barril emocional por ter perdido muitas coisas. Durante muitos anos, Deus parecia íntimo. Enquanto o negócio cresceu, as caravanas de camelo se multiplicaram, grandes colheitas foram ceifadas e o lucro começou a entrar aos borbotões, abençoando a ele e sua família com enorme prosperidade, Jó e Deus permaneceram em comunicação.
Como já vimos, ele perdeu tudo — todos os animais, sua casa, os dez filhos adultos e, finalmente, sua saúde.
Deus não disse: “Que vergonha, Jó!” Deus pôde lidar com as palavras de Jó. Ele compreendeu a razão dele de ter dito o que disse. Deus pode lidar com tudo.  Jó não reteve a sua dor.
A psiquiatra Kubler-Ross (ROSS-1997) descreve em cinco estágios esse processo: A Negação, diz ela, é a primeira resposta à notícia de uma doença fatal: “Deve haver algum engano, não pode ser”. A raiva trás a pergunta: “Por que eu?”. Negociar é a terceira resposta, uma tentativa de adiar o inevitável, promessas em troca de mais algum tempo. Depressão, o quarto estágio, é o sentimento de pesar. Aceitação é o estágio final.

OS AMIGOS DE JÓ O ACUSAM
Os dois capítulos iniciais do Livro de Jó e os 11 versículos finais do último capítulo, capítulo 42, são escritos em forma narrativa. Do capítulo 3.1 até 42.6 são escritos em forma de poesia e por isto que o livro de Jó está entre os livros poéticos na Bíblia.
Este trecho (capítulo 3.1 até 37) temos a discussão entre Jó e seus amigos a respeito do sofrimento que Jó estava enfrentando. Os três amigos de Jó, Elifaz, Bildade e Zofar, “fazem rodízio” ao dialogar com ele. Suas palavras aparecem em ciclos — três ciclos, para ser exato.
No primeiro ciclo, Elifaz fala, e Jó responde. A seguir, Bildade é quem fala, e Jó responde. Finalmente, é a vez de Zofar. Ele faz seus comentários iniciais, e Jó responde. Nesse ponto termina o primeira série.
Depois disso, Elifaz volta à cena para começar o segundo ciclo de diálogos. Ele é aparentemente o mais velho do grupo. Naqueles dias, a idade era honrada como prioritária. Assim sendo, como antes, Elifaz fala primeiro, em seguida Bildade e por último Zofar. Jó responde a cada um. Quando chegamos ao terceiro ciclo, por alguma razão não revelada, Zofar retira-se do diálogo.
Vamos observar o conselho de seus amigos. Elifaz diz: 4.4   As tuas palavras têm sustentado aos que tropeçavam, e os joelhos vacilantes tens fortificado. 4.5   Mas agora, em chegando a tua vez, tu te enfadas; sendo tu atingido, te perturbas.
Nem todo conselho é um bom conselho! Os três amigos de Jó, Elifaz, Bildade e Zofar, vieram de longe e se condoeram de Jó durante uma semana; mas, quando abriram a boca, tornaram-se consoladores molestos. Em vez de serem terapeutas da alma, tornaram-se geladores insolentes.

UMA TEOLOGIA ERRADA (22.7-10)
22.7   Você não dava água para as pessoas cansadas nem comida aos que tinham fome. 22.8   Você usou a sua posição e o seu poder para se tornar o dono da terra. 22.9   Você roubou e maltratou os órfãos e nunca ajudou as viúvas. 22.10   Por isso, agora você está cercado de perigos, e, de repente, o medo toma conta de você. (Jó 22.7-10).
Os amigos de Jó tinham uma teologia errada! Eles achavam que Jó estava passando por tudo isto porque tinha pecado.
Lembro-me de quando meu pai faleceu num acidente de moto, um rapaz me abordou numa livraria evangélica e me perguntou se eu era filho do homem que estava internado na UTI com traumatismo craniano. Eu respondi que sim. Então ele me pediu para que fizéssemos uma oração. Aceitei! Na oração ele dizia: Deus, revela o pecado deste homem que foi acometido por esta doença!
Infelizmente, tem pastores que ensinam que o cristão genuíno não pode sofrer. E se estiver sofrendo é fruto do pecado.
A Bíblia diz que Jó era integro, temente a Deus e que se desviava do mal. Até o próprio Deus tinha orgulho do seu servo Jó. Porém os amigos de Jó jogaram contra Jó as mais pesadas e levianas acusações. Insinuaram que Jó havia se enriquecido desonestamente. Acusaram Jó de graves pecados morais. Questionaram a piedade de Jó. Encurralaram a pobre vítima prostrada na cinza com argumentos impiedosos.

DEUS SE REVELA A JÓ (38.1-4)
38.1   Depois disto, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: 38.2   Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento? 38.3   Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber. 38.4   Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento.
Deus quebra o silêncio e faz dois “discursos”. Sua primeira mensagem está registrada em Jó 38:1-40:5. A segunda começa em Jó 40:6. Resumidamente Deus está perguntando: “Jó, é você que criou o mundo e governa a criação?”.
A resposta de Jó é humilde: 40.3   Então, Jó respondeu ao SENHOR e disse: 40.4   Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. 40.5   Uma vez falei e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei.


A RESPOSTA DE JÓ (42.1-6)
42.1   Então, respondeu Jó ao SENHOR: 42.2   Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. 42.3   Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia. 42.4   Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. 42.5   Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. 42.6   Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.
Você sabe o que Jó finalmente compreendeu? Deus é a essência de tudo, e não eu. Jó entendeu! E o que isso significa? O propósito de Deus está-se desenrolando, e não posso impedi-lo. O plano de Deus é incrível, e não vou compreendê-lo. A reprovação de Deus é confiável, e não ouso ignorá-la. O caminho de Deus é o melhor, e não devo resistir a ele.

JUSTIÇA EM RELAÇÃO AOS AMIGOS DE JÓ (42.7-9)
42.7   Tendo o SENHOR falado estas palavras a Jó, o SENHOR disse também a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. 42.8   Tomai, pois, sete novilhos e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós. O meu servo Jó orará por vós; porque dele aceitarei a intercessão, para que eu não vos trate segundo a vossa loucura; porque vós não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. 42.9   Então, foram Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita, e fizeram como o SENHOR lhes ordenara; e o SENHOR aceitou a oração de Jó.
Uma vez ouvida a confissão de arrependimento de seu servo, o Senhor volta sua atenção para os três amigos. Deus não se agradou dos “conselhos” dados a Jó. E mandou aqueles amigos oferecerem um holocausto para o perdão dos pecados. E Jó deveria orar por eles!

FINAL DA VIDA DE JÓ (42.10-17)
42.10   Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra. 42.11   Então, vieram a ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado; cada um lhe deu dinheiro e um anel de ouro. 42.12   Assim, abençoou o SENHOR o último estado de Jó mais do que o primeiro; porque veio a ter catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas. 42.13   Também teve outros sete filhos e três filhas. 42.14   Chamou o nome da primeira Jemima, o da outra, Quezia, e o da terceira, Quéren-Hapuque. 42.15   Em toda aquela terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos. 42.16   Depois disto, viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. 42.17   Então, morreu Jó, velho e farto de dias.
De repente: Os tumores somem, sem deixar cicatrizes. A febre se vai quando uma brisa suave o refresca. Os amigos sorriem e aplaudem. Ele pode voltar para casa, e a propriedade que constrói tem o dobro do tamanho da outra! Certa manhã, algum tempo depois, na mesa do café, sua esposa inclina-se sobre o ombro dele e sussurra com um sorriso: “Estou grávida!”
Sabe o que mais é maravilhoso? O silêncio de Satanás. O Adversário permanece silencioso na derrota.
Os bens de Jó foram duplicados. O Senhor restaurou a prosperidade de Jó quando ele orou pelos amigos. A última parte do versículo explica o que isto significa: “E o Senhor deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra” (Jó 42:10). Ficamos também sabendo da multiplicação entre os animais com o passar do tempo: “Assim, abençoou o Senhor o último estado de Jó mais do que o primeiro” (Jó 42:12).
Se voltar para Jó 1:3, você lerá o que Jó possuía originalmente. Ele tinha 7.000 ovelhas e acaba com 14.000. Seus rebanhos então crescem enquanto ele os alimenta e cria. O número deles aumenta até o dobro do tamanho. Há fartura de alimento. Há também muito pasto, e as ovelhas chegam a 14.000. Ele não tem mais 3.000 camelos, mas 6.000. Todos os filhos de Jó são substituídos. “Também teve outros sete filhos e três filhas” (Jó 42:13).
              
 PROVAÇÕES IMERECIDAS, MAS QUE SÃO PERMITIDAS
                Você leu certo. A vida inclui provações que não merecemos, mas que devem, mesmo assim, ser suportadas.
Nunca poderemos explicar ou compreender completamente o mistério da vontade insondável de Deus. Não tente agarrar cada fio do seu plano profundo. Se resistir neste ponto, ficará cada vez mais confuso, ressentido e finalmente amargo. Satanás vai então vencer.          
                Suporte a provação permitida por Deus. Nada toca a sua vida que não tenha passado primeiro pelas mãos de Deus. Ele tem pleno controle e tem o direito soberano de permitir provações que não merecemos por ser Quem é.

 HÁ UM PLANO QUE NÃO COMPREENDEREMOS, MAS QUE É O MELHOR
                Embora cada segmento desse plano possa não ser justo ou agradável, ele coopera para o bem. A enfermidade que Jó teve de suportar mais tarde não foi boa em si ou de si mesma. Mas colaborou para o bem.                Nossa perspectiva é extremamente limitada. Nós temos uma visão restrita do tempo. A visão de Deus, porém, é panorâmica. O vasto plano cósmico de Deus está em operação agora, e ele não sente a necessidade (nem tem obrigação) de explicá-lo a nós.
                O silêncio da voz de Deus fará você pensar se ele está mesmo lá. A ausência da presença de Deus fará você imaginar se ele sequer se importa. Ele está lá. E ele se importa: 20.24   Os passos do homem são dirigidos pelo SENHOR; como, pois, poderá o homem entender o seu caminho (Provérbios).

                CONCLUSÃO
                Uma jovem judia no gueto de Varsovia, conseguiu fugir pulando um muro e foi se esconder numa caverna. Infelizmente ela nao sobreviveu e seu corpo foi encontrado assim que o exercito dos aliados chegou a Polonia. Antes de sua morte, porem, ela rabiscou tres frases na parede. A primeira dizia: "Eu creio no sol, mesmo que ele não esteja brilhando”. A segunda: “Eu creio no amor, mesmo quando eu não o sinta”. A terceira: “Eu creio em Deus, mesmo que ele fique em silêncio”.
                “Tendes ouvido da paciência de Jó” (Tg 5:11).   Um professor de História disse certa vez: “Se Colombo tivesse voltado, ninguém o culparia, mas também ninguém se lembraria dele.” A única razão pela qual nos lembramos de Jó com admiração é porque ele perseverou.

Por Pr. Daniel Dutra.


MENSAGEM – SANSÃO BRINCOU COM O PECADO


 TEXTO BÍBLICO – JUIZES 13.2-5
                13.2   Havia um homem de Zorá, da linhagem de Dã, chamado Manoá, cuja mulher era estéril e não tinha filhos. 13.3   Apareceu o Anjo do SENHOR a esta mulher e lhe disse: Eis que és estéril e nunca tiveste filho; porém conceberás e darás à luz um filho. 13.4   Agora, pois, guarda-te, não bebas vinho ou bebida forte, nem comas coisa imunda; 13.5   porque eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus.

SEU NASCIMENTO
                Sansão era um homem nascido com diversos privilégios, dos quais o maior era o comprometimento de seus pais com Deus. A Bíblia nos afirma que o nascimento de Sansão foi um milagre, pois sua mãe era estéril: 13.2   Havia um homem de Zorá, da linhagem de Dã, chamado Manoá, cuja mulher era estéril e não tinha filhos.
                Estavam conscientes de que aquela geração estava apostatando da fé, afastando-se de Deus, e não queriam educar o pequeno Sansão sob aquela cultura decadente. Eram zelosos e ansiavam por fazer tudo do jeito correto. Nasce como um milagre em um lar estruturado, com pais piedosos, para cumprir uma grande missão.
                Sansão tem voto de Nazireu. O termo hebraico significa consagração, devoção e separação. Ou seja, foi consagrado para a obra de Deus desde o ventre de sua mãe, tendo crescido com essa consciência: 13.4   Agora, pois, guarda-te, não bebas vinho ou bebida forte, nem comas coisa imunda; 13.5   porque eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus.
                Certamente passou a infância e a adolescência ouvindo de seus pais: “Meu filho, você é um menino especial. Você foi separado por Deus para servir e libertar uma nação”.

O LIVRO DE JUIZES
                O livro de Juízes cobre o período que vai da morte de Josué até a inauguração da monarquia.
                A Escritura diz que enquanto Josué e os anciãos de sua geração estavam vivos, o povo de Israel serviu a Deus. Depois deles, outra geração se levantou que desconhecia a Deus: 2.10   Foi também congregada a seus pais toda aquela geração; e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o SENHOR, nem tampouco as obras que fizera a Israel.
                O livro de Juizes registra um ciclo de pecado e idolatria recorrente na história de Israel. Sempre que um líder piedoso morria, o povo mergulhava na adoração idólatra. Deus então permitia que eles fossem conquistados por seus inimigos. Após algum tempo, quando eles começavam a gemer em arrependimento, Deus lhes enviava um libertador para tirá-los do cativeiro.
                Mas as pessoas recusavam aprender a lição, e retomavam ao pecado e a idolatria após o libertador morrer. Assim, o ciclo todo começaria novamente. A história de Sansão começa no princípio de um ciclo assim: Tendo os filhos de Israel tornado a fazer o que era mau perante o SENHOR, este os entregou nas mãos dos filisteus por quarenta anos. (Juizes 13:1).
                Após a morte de Josué, não tinha em Israel um governo central forte. Era uma confederação de tribos independentes, sem qualquer força unificadora, exceto Deus.
                Foram 300 anos de anarquia moral, religiosa e social. Neste tempo Deus levantou 6 juizes para julgar e libertar o seu povo - Otoniel, Eúde, Débora, Gideão, Jefté e o sexto foi Sansão. Sansão deveria julgar Israel por 40 anos, mas julgou apenas 20.

TINHA TUDO PARA DAR CERTO               
                A vida de Sansão ilustra que nem sempre um bom começo é a garantia de um bom fim.
                O poeta norte-americano Henry Wadswoeth Longgfellow disse que: "A arte de começar é algo formidável, porém mais formidável ainda é a arte de terminar". Por esse motivo, Salomão escreveu: "Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio"(Ec 7.8). Sansão teve um começo brilhante, mas infelizmente ele terminou mal.
                O sentido do seu nome, pequeno sol,  já sinaliza a vocação divina de um homem destinado a se tornar líder de seu povo, arrancando uma nação inteira do cativeiro opressor dos filisteus: pequeno sol, luz num tempo de trevas e escuridão.
                Não nos enganemos, pois foi um moço ungido por Deus e cheio do Espírito Santo. As Escrituras chegam a afirmar que, enquanto todos os juizes de Israel lançam mão de exércitos para libertar o povo, Sansão é o único juiz
que luta sozinho. Era um gigante imbatível, um verdadeiro herói.
                Sansão tinha tudo para terminar bem. Porém Sansão brincou com o pecado. Seu primeiro erro segue!


   APAIXONANDO-SE PELA PESSOA ERRADA
                Para começar, Sansão se apaixona pela mulher errada. Esse é o maior perigo da juventude hoje: os sentimentos sem freios que nos deixam vulneráveis a pessoas destrutivas. O descontrole emocional pode ser a causa de muitas armadilhas. De fato, a Bíblia mostra que a sensualidade exacerbada de Sansão era seu ponto fraco.
                14.1   Desceu Sansão a Timna; vendo em Timna uma das filhas dos filisteus, 14.2   subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; tomai-ma, pois, por esposa. 14.3   Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos ou entre todo o meu povo, para que vás tomar esposa dos filisteus, daqueles incircuncisos? Disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque só desta me agrado.
                Passeando com seu pai em Timna, avistou uma mulher pela qual ficou perdidamente apaixonado. O pai logo o admoestou: “Meu filho, essa mulher é filistéia. Ela pertence ao povo que você precisa combater para libertar a nossa nação do cativeiro. Você não pode se envolver com essa moça de modo algum”.
                Mas Sansão já estava tomado de paixão e não quis ouvi-lo. Não havia nenhuma virtude nessa moça. Sansão sentiu-se atraído por sua beleza, por seu corpo, pela sedução que lhe chegava pelos olhos. Surdo aos conselhos de seu pai, ele foi dominado por seus sentimentos.
                Sansão desobedece aos pais. Saiba que dificilmente um jovem é bem-sucedido ao desobedecer pai e mãe nesses assuntos  e sofre muito em conseqüência disso.
                 Decidiu casar-se com ela, mas foi um dos casamentos mais curtos da história. Ganhou até do casamento entre o atacante Ronaldo e a apresentadora Daniela Cicarelli que durou menos de três meses depois do luxuoso "casamento" em um castelo na cidade de Chantilly, nos arredores de Paris.
                A Bíblia conta que se Sansão se separou durante as comemorações, por causa de uma grande confusão. Durante os sete dias de festa, Sansão fez uma aposta com os filisteus, propondo-lhes um enigma a ser desvendado. Era baseado em uma história verdadeira sobre um leão.
                Um dia, quando Sansão estava indo visitar a noiva, um leão lhe saltou em cima; ele praticamente rasgou o leão ao meio e jogou-o fora do caminho. Em outra viagem, passando pelo mesmo local, lembrou-se do leão morto e
encontrou um enxame de abelhas na caveira do animal. Colheu e bebeu o mel que havia ali. Assim, o enigma era: “Do comedor saiu comida, do forte saiu doçura. O que é isso? Se vocês derem a resposta, ganham trinta vestes festivais”, havia garantido aos filisteus. “Se não acertarem, eu ganho as trinta vestes. Fechado?”
                Desonestos, os filisteus não aceitaram a possibilidade de derrota e decidiram ameaçar a noiva: “Ou você conta o segredo, ou a gente mata você e seu pai e ainda incendeia sua família.”
                Quando, no sétimo dia da festa, ele revela a resposta à jovem esposa, logo os filisteus ficam sabendo também a resposta. Sansão compreende que haviam pressionado sua mulher e, irado, sai da festa e mata trinta homens, arrancando-lhes as vestes e entregando-as aos convidados que haviam acertado a resposta.
                Quando voltou, sua mulher tinha sido dada para outro homem: 14.20   Ao companheiro de honra de Sansão foi dada por mulher a esposa deste. Ele ficou tão aborrecido com isso que disparou do local, revoltado, caçando trezentas raposas e ateando fogo em suas caudas para incendiar a campina dos filisteus.
                O amor é algo belo, doce e envolvente que eleva a alma e torna a vida mais suave e mais gostosa. É claro que nenhuma relação a dois está isenta de lutas. Mas um sinal claro de que determinada relação está fora da vontade de Deus é a presença de mais dores que alegrias. Um namoro cheio de brigas, ciúmes, confusão, possessividade, amargura e lamentações é evidência de que Jesus não está nele. É preciso estar atento aos fatos, reavaliar um namoro assim, pois casamento não é varinha de condão, não muda ninguém - na verdade, só intensifica o que existia. Uma história de amor cheia de sofrimentos pode ser linda no cinema e nas novelas, como a de Romeu e Julieta, mas não precisa ser desse jeito na vida real.
                Se você não está conseguindo ser feliz nem no namoro, o casamento será ainda pior. Antes, portanto, de selar esse compromisso, não só esteja de olhos bem abertos para as circunstâncias, mas ouça seus pais, aceite conselhos.
                Em seguida, teve que fugir, e os próprios hebreus, agora pressionados pelos filisteus, tiveram que prender Sansão para que a vingança não caísse sobre eles. Prendem e amarram aquele gigante de força. Todavia, já nas mãos dos filisteus, ele rompe as cadeias e, com uma queixada de jumento, consegue matar mais mil deles. Sua vida é um transtorno, um tormento sem-fim. Tudo por ter se envolvido com a pessoa errada. Não era para ser desse modo.
               

BRINCANDO COM O PECADO
                Sansão não conseguiu administrar seu tempo de lazer. Era um juiz em uma geração em crise, um moço vocacionado por Deus para ser o libertador de seu povo. Deveria ocupar suas horas com oração, reflexão, planos para realizar a obra de Deus e ser uma bênção para sua nação.
                Em vez disso, o que faz em seus momentos de folga? Propõe jogos e envolve-se em confusões. A Bíblia diz que, ao descer para Gaza, ele encontra uma prostituta e se deita com ela: 16.1   Sansão foi a Gaza, e viu ali uma prostituta, e coabitou com ela.
                Como muitos jovens hoje, Sansão não sabe viver com prudência. À mercê de seus hormônios e seus muitos desejos, esses jovens desobedecem aos pais, metem-se com jogos e apostas, envolvem-se com pessoas e meios perigosos. Envolvem-se com drogas.
                ILUSTRAÇÃO FILME - Alfred Hitchcock, o senhor do suspense, produziu um filme que mostrava certa prisioneira planejava fugir da cadeia. Tentou vários expedientes, mas em vão. Um dia fez amizade com o medico do presidio que, entre outras funções, liberava os corpos dos prisioneiros falecidos para o sepultamento. O medico sofria de um grave problema de vista e so uma cirurgia, caríssima, cerca de U$ 40 mil, e, portanto, fora de seus recursos, poderia salva-lo da cegueira absoluta. Ciente disso, a prisioneira esperta sugere ao medico: — Ajude-me a fugir. E eu pagarei a sua cirurgia. Seria a liberdade em troca da visão. O plano consistia em substituir o próximo morto pela senhora viva. Ela seria enterrada viva, mas assim que os coveiros fossem embora, o medico já teria providenciado tudo para resgata-la da sepultura. O medico ponderou que seria extremamente arriscado ficar num caixão fechado, que havia o perigo da asfixia. Ela argumenta que e possível resistir ate duas horas numa situação assim. O medico aceita finalmente a proposta. A cena seguinte mostra os coveiros enterrando o caixão normalmente. O caixão é largo. Ela comemora a sua liberdade e, mais ainda, o engenho de sua ideia. E sorri, dizendo-se: “Daqui a pouco o doutor vem ". Passa algum tempo. Ela se impacienta e começa a sentir o suor daquele ambiente fechado completamente. Ela já não ri: "Doutor, doutor, venha logo'. Esboça-se o desespero em sua face agora totalmente molhada de suor. Ela acende um fosforo. Passeia a pequenina chama de um lado para o outro. A câmera se aproxima de seus olhos, que ela arregala desgraçadamente. Do fundo de sua alma um grito pavoroso. A seu lado, indubitavelmente morto, esta o medico.
                Não brinque com o pecado. Pode ser que não exista tempo para escapar do caixão. A Bíblia afirma que o salário do pecado é a morte.
                Sansão procura uma prostituta e não pondera em nenhum momento sobre seus compromissos como nazireu, juiz de Israel e homem de Deus. Os hormônios clamam, e ele prefere obedecer a esse clamor, não a Deus.


DALILA CORTA SEUS CABELOS
                Depois, afeiçoa-se a Dalila, outra mullher que haveria de traí-lo: 16.4   Depois disto, aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, a qual se chamava Dalila.
                Dalila, instigada pelos filisteus, dirige a Sansão a pergunta fatídica: 16.6   Disse, pois, Dalila a Sansão: Declara-me, peço-te, em que consiste a tua grande força e com que poderias ser amarrado para te poderem subjugar. Era o mesmo que declarar: “Sansão querido, se você me contar seu segredinho sobre a sua força, eu vou trair e destruir você. Conta direitinho como é que eu posso enfraquecer e subjugar você, roubando sua força e sua dignidade”.
                No colo de Dalila, Sansão pensa que pode brincar com o pecado e sair ileso. Pensa que pode viver no fio da navalha e não sofrer as conseqüências.
                Sansão resolve mentir para Dalila, dando-lhe, a cada vez, razões falsas para sua força. Responde-lhe primeiro que tendões frescos o tornarão fraco; depois, substitui os tendões por cordas novas. A mulher tenta as duas artimanhas, provocando-o: “Os filisteus estão contra ti, Sansão”. E ele sempre se levanta das amarras como um leão,
livrando-se facilmente. Mas Dalila persevera, choramingando-lhe ao ouvido: “Sansão, se você me ama, tem que se entregar para mim sem reservas! Conte seu segredo”.
                A perseverança de Dalila é recompensada! É quando a terceira mentira de Sansão já está perto da verdade: o cabelo. Ele responde-lhe, então, que “ser amarrado a um tear com sete tranças em sua cabeça” tirará sua força.         Assim é o processo de envolvimento com o pecado: sutilmente, ele vai invadindo, ganhando terreno, uma gota hoje, outra amanhã, um apelo hoje, uma sedução amanhã, até que toda resistência se esgote. Quando o novo artifício não dá certo, Dalila joga a última cartada: um apelo dramático. “Você não me ama!”
                A Bíblia afirma que uma impaciência de matar tomou conta do coração dele: 16.16   Importunando-o ela todos os dias com as suas palavras e molestando-o, apoderou-se da alma dele uma impaciência de matar. Você sabe o que é isso? É o resultado da pressão diária e incansável de Dalila. Quando finalmente ele cede, revelando que cairá se seu cabelo for raspado, é o começo do fim para Sansão.
                Há muitos relacionamentos em que uma terrível pressão está presente.
                EXEMPLO DA GAROTA QUE NÃO QUERIA TERMINAR O NAMORO
                 É preciso muita atenção a isso. Por exemplo, como pode ser verdadeiro o amor do rapaz que pede à namorada: “Prove que me ama, vamos ter uma relação sexual?” Pressão e chantagem emocional não combinam com amor e respeito. Se você está em um relacionamento assim, fuja! O resultado final sempre será destrutivo.
                Contudo, de todas as consequências funestas do envolvimento de Sansão com o pecado, a pior delas é não ter levado a sério seu compromisso com Deus de consagração do nazireado.


  QUEBRANDO VOTOS
                Números 6.1-4, o nazireu não podia fazer três coisas: tocar em cadáver, beber vinho e cortar o cabelo.              Sansão rompe cada um desses votos. Primeiro, a proibição de tocar em cadáver. Lembre-se da história do leão morto. Ele encontra um favo na caveira do animal e come gostosamente o mel enquanto caminha pela estrada.
                O segundo voto diz respeito a beber vinho. Na festa de casamento de sete dias, Sansão oferece um banquete regado a muito vinho (Jz 14.10). Sansão quebra seu segundo voto porque, apesar de tão forte, não tem coragem para resistir à pressão do meio.
                ILUSTRAÇÃO PALESTRA DO MÉDICO - Um medico fazia uma palestra a um grupo de alcoolatras. Ao iniciar a apresentacao disse: “Hoje vou realizar uma experiência para mostrar a voces o efeito do alcool”. Levantou um copo e afirmou: “Aqui dentro ha alcool”. Com uma pinca, pegou um verme, mostrou-o para a plateia e o soltou dentro do copo. Imediatamente o verme se desfez, causando impacto nos presentes. Em seguida, ele levantou outro copo e disse: “Aqui dentro há agua”. Novamente pegou outro verme e o soltou dentro do copo. O verme se mexeu, mostrando sua energia. Nesse momento, no meio da plateia, um individuo embriagado levantou a mao e, com voz
pastosa, disse: “Entendi bem o que o doutor quis dizer, e concordo inteiramente. Sua mensagem e sensacional”. Feliz, o medico pediu: “Por favor, diga em voz alta, para que todos escutem, qual e a minha mensagem”. Solicito, o individuo declarou: “Doutor, o senhor acabou de mostrar com essa experiencia que quem bebe nao tem verme no organismo. O alcool mata o verme”!
                O homem sempre procura uma justificativa para o seu erro, por isso interpreta deforma errada. Tem sempre uma justificativa “plausivel” para o pecado.
                Finalmente, Sansão quebra seu terceiro voto ao ser tomado por essa impaciência de matar. Dorme no colo de uma mulher que está prestes a traí-lo. Escolhe fragilizar-se justamente para quem será responsável por sua derrota.
                Em Juizes 16, a Bíblia nos relata progressivamente o trágico desfecho das escolhas erradas de Sansão:6.19   Então, Dalila fez dormir Sansão nos joelhos dela e, tendo chamado um homem, mandou rapar-lhe as sete tranças da cabeça; passou ela a subjugá-lo; e retirou-se dele a sua força. 16.20   E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse consigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei; porque ele não sabia ainda que já o SENHOR se tinha retirado dele.
                A força não estava no cabelo de Sansão, mas no Senhor.
                ILUSTRAÇÃO SAPO NA PANELA - Numa experiencia verdadeira, um sapo, atirado numa panela com agua fervendo, saltou para fora numa fracao de segundo como consequencia do seu instinto de conservacao! Mas depois, colocado numa panela de agua fria que foi aquecida mui vagarosamente, nao fez tentativa para saltar de fato; ele relaxou tanto que finalmente ferveu ate morrer. O pecado tem um modo sutil de gradualmente embalar os homens num sentimento de falsa seguranca. Aos poucos, destroi o pecador por completo.

 FINAL DE SANSÃO
                Ao apanhá-lo, os inimigos fazem o que querem de Sansão.
                Primeiro, vazam-lhe os olhos: 16.21   Então, os filisteus pegaram nele, e lhe vazaram os olhos, e o fizeram descer a Gaza; amarraram-no com duas cadeias de bronze, e virava um moinho no cárcere. Que tristeza: agora está cego aquele que era o “pequeno sol”, que era luz e esperança para seu povo. Está cego, em trevas.
                Depois, Sansão é levado à força até Gaza, a cidade onde havia se prostituído. Sem liberdade, amarrado a duas cadeias de bronze, é obrigado a girar um moinho.
                Depois Sansão é arrastado a um culto idolátrico. Ele é chamado para divertir os participantes, trazendo alegria para os inimigos de Deus: 16.25   Alegrando-se-lhes o coração, disseram: Mandai vir Sansão, para que nos divirta. Trouxeram Sansão do cárcere, o qual os divertia. Quando o fizeram estar em pé entre as colunas,
                Naquela festa demoníaca, em Juizes 16.25,26, Sansão é trazido do cárcere para divertir os filisteus. Quando se vê em pé entre as duas colunas que sustentavam a casa, ocorre-lhe uma idéia: pedir ao moço que o acompanhava
para que pudesse encostar nelas. Sob a desculpa de que estava cego, Sansão conseguiu encontrar alguma possibilidade de saída para aquele impasse. Sansão decide: “Morra eu com os filisteus”. A estratégia consistia em derrubar aquelas duas colunas com a força do braço, demolindo aquela casa e matando a todos os filisteus que estavam ali: 16.30   E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida.
                Sansão, o homem prodígio, o homem de força descomunal, o homem que enfrenta sozinho um exército inteiro, impotente, indefeso é amarrado e acorrentado. Torna-se escravo do inimigo e passa a trabalhar como um escravo do inimigo.
                Sansão era livre e libertador do seu povo. Mas, ele mesmo pôs o pescoço na coleira do inimigo. Quem pratica o pecado é escravo do pecado.
                ILUSTRAÇÃO MORTE NO CARGUEIRO - Um fato largamente noticiado nos Estados Unidos em 1987. Perto da cidade de El Paso, Texas, que fica na fronteira com o México, foi identificado um trem cargueiro transportando, de forma ilegal, imigrantes mexicanos para o território norte americano. Aberta a porta, para espanto de todos, só havia um sobrevivente. A altíssima temperatura do ambiente — mais de 60° — provocara febre, delírio e morte. Contou o sobrevivente que na escuridão e no calor, as vítimas chegavam a se atracar delirantemente até morrer. Só ele conseguiu se salvar porque naquele inferno ele descobrira um pequeno orifício por onde ficou, bem ou mal, respirando. Registrou a Bíblia: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte” (Pv 16.25).

Por Pr. Daniel Dutra