quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Lição 3: As pragas divinas e as propostas ardilosas de Faraó














1. Pragas atingem o Egito (Êx 7.19 — 12.33). Deus ordenou que Moisés e Arão fossem até o palácio de Faraó para pedir-lhe que deixasse o povo hebreu partir. Diante de Faraó Moisés fez alguns milagres, para que este contemplasse uma amostra do poder do Altíssimo e liberasse o povo de Deus. Faraó era considerado um deus, por isso foi necessário que Moisés se apresentasse diante dele com sinais e maravilhas. Porém, Faraó endureceu o seu coração e não deixou o povo partir (Êx 7.13,14,22; 8.15,19,32; 9.7,34,35; 4.21; 7.3; 9.12; 10.1,27; 11.10; 14.4,8,17). Com receio das pragas que já estavam atingindo duramente o Egito, Faraó decide fazer algumas propostas ardilosas para Moisés e Arão.


2. A primeira proposta (Êx 8.25). Esta proposta exigia que Israel cultuasse a Deus no próprio Egito, em meio aos falsos deuses. O ecumenismo também parte deste princípio, porém, a Palavra de Deus nos exorta: “E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26). A proposta de Faraó era para Israel servir a Deus sem qualquer separação do mal. Todavia, “sem santificação ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Um povo separado por Deus e para Deus, e ao mesmo tempo misturado com os ímpios egípcios, como sendo um só povo, seria uma abominação ao Senhor. Deus requer santidade do seu povo. Nestes últimos dias antes da volta de Cristo, o pecado sob todas as formas avoluma-se por toda a parte, como um rolo compressor. Esta é uma das causas de haver tantos crentes frios espiritualmente: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12). Precisamos ser mais santos e consagrados a Deus!


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Diante das pragas que atingiram duramente o Egito, 
Faraó apresentou algumas propostas ardilosas para Moisés e Arão.




1. A segunda proposta de Faraó (Êx 8.28). “Somente que indo, não vades longe”. Isso resultaria em o povo de Deus sair do Egito, mas o Egito não sair deles, como acontece ainda hoje com o crente mundano (Tg 4.4,5; 1Jo 2.15). Assim fez a mulher de Ló, que saiu de Sodoma, mas não tirou Sodoma do seu coração e da sua mente, e perdeu-se (Gn 19.17,26; Lc 17.32). O propósito de Faraó ao ordenar “não vades longe” era vigiar e controlar os passos do povo de Israel. “Não vades longe” significa para o crente hoje o rompimento parcial com o pecado e com o mundo. É a vida cristã sem profundidade, sem expressão e por isso sempre vulnerável. “Não vades longe” (Êx 8.28) equivale ao crente viver sem compromisso com Deus, com a doutrina do Senhor, com a igreja, com a santidade. É a vida cristã superficial, sem consagração a Deus e ao seu serviço.




2. A terceira proposta de Faraó (Êx 10.7). Essa proposta atingia os chefes de família e demais adultos. Os demais membros da família ficariam no Egito. O povo de Israel vivia organizado por famílias e casas paternas (Êx 6.14,15,17,19). A família é universalmente a unidade básica da sociedade humana. A saída parcial do povo, como queria Faraó, resultaria no fracionamento e fragilização das famílias, dividindo-as. O propósito de Deus é sempre abençoar toda a família, no sentido de que ela seja salva, unida, coesa, forte, feliz e saudável.




A proposta de Faraó traria resultados nefastos para o povo de Deus. Vejamos:


a) Famílias sem o governo dos pais, sem provisão, sem proteção, sem direção.


b) Maridos sem as esposas; homens viajando no deserto e as crianças sem os pais.


O Diabo quer a ruína do casamento (Êx 1.16). Oremos por um avivamento espiritual


sobre os casais que servem ao Senhor.


c) Miscigenação devastadora. Os jovens de Israel sozinhos no deserto a caminho


de Canaã se casariam com moças pagãs, idólatras. Por sua vez, as jovens deixadas


no Egito se casariam com os incrédulos egípcios. Enfim, haveria perda de identidade


dos hebreus como povo do Senhor.




SINOPSE DO TÓPICO (II)

“Não vades longe”, significa para o crente hoje, o rompimento parcial com 
o pecado e com o mundo.



1. A situação caótica do Egito. A praga das trevas acabara de ocorrer, e todo o Egito durante três dias seguidos ficou sem luz. Só havia luz nas casas dos hebreus (10.21-23). Faraó teve muitas oportunidades, mas não deu ouvidos à voz do Senhor e não atendeu aos apelos de Moisés. A cada praga o coração de Faraó se tornava mais endurecido. O rei do Egito escolheu resistir a Deus e teve seu país devastado pelas pragas. Quem pode resistir ao Senhor? Se Deus está falando com você, atenda-o. Não resista! Muitos já viram e experimentaram os milagres do Senhor, porém, seus corações permanecem duros e inflexíveis, como o de Faraó. Lembre-se de que há um preço alto a se pagar por não se dar atenção ao que Deus fala.


2. A quarta e última proposta. A situação era tão caótica no Egito que o próprio Faraó procurou Moisés (Êx 10.24) e fez a sua última proposta: “Ide, servi ao Senhor; somente fiquem as ovelhas e vossas vacas” (v.24). A ovelha e a vaca eram animais cerimonialmente “limpos” para oferendas de sacrifícios a Deus na época da Lei (cf. 1Pe 2.25; Hb 13.15,16). Sem as ovelhas e vacas não haveria sacrifícios. Não haveria entrega ao Senhor. Segundo a Bíblia Explicada, esta proposta também significa “os nossos negócios e interesses materiais, não santificados e não sujeitos à vontade de Deus” (10.24). O crente precisa viver uma vida digna, não só diante de Deus, mas também diante dos homens (2Co 8.21). A santidade é um imperativo na vida do cristão até mesmo nos negócios.


SINOPSE DO TÓPICO (III)

A cada praga o coração de Faraó se tornava mais endurecido. Ele escolheu resistir
 a Deus e teve seu país devastado pelas pragas.





EXERCÍCIOS


1. Qual foi a primeira proposta de Faraó?
R. “Ide, sacrificai ao vosso Deus nesta terra” (Êx 8.25).

2. Descreva a segunda proposta de Faraó.
R. “Somente que indo, não vades longe”.

3. Qual foi a terceira proposta de Faraó?
R. “Deixa ir os homens” (Êx 10.7).

4. Qual foi a proposta final de Faraó?
R. “Ide, servi ao Senhor; somente fiquem ovelhas e vossas vacas”.

5. Qual deve ser a atitude do cristão ante às malditas e traiçoeiras propostas do Maligno?
R. A atitude do cristão hoje ante as malditas e traiçoeiras propostas do Maligno deve ser a mesma dos representantes de Israel, Moisés e Arão: “Nem uma unha ficará” no Egito (Êx 10.26).







AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Bibliológico



“As pragas do Egito combinam todos os aspectos das pragas da Bíblia. Esses eventos são explicados através de exames dos termos hebraicos usados para defini-los. Muitas palavras derivam da raiz nagap ‘atingir, destruir’, e mostram as pragas como um golpe de Deus para castigar ou punir. A palavra hebraica negep, no sentido de ‘golpear, atacar’ foi usada como termo de julgamento. É encontrada relacionada às pragas do Egito apenas em Êxodo 12.13, que fala sobre a morte dos primogênitos. A palavra hebraicamaggepa também quer dizer ‘golpe, matança, praga, pestilência’ e é aplicada à praga somente em Êxodo 9.14 que é uma referência geral a esses acontecimentos.

Da raiz naga, ‘tocar, alcançar, atingir’, vem nega, ‘golpe, praga’, que é usada metaforicamente para doenças como castigo divino. Na narrativa do Êxodo ela aparece apenas em 11.1, onde se refere à destruição dos primogênitos. Esses termos indicam uma ação direta de Deus no castigo; outros termos e declarações bíblicos mostram que esses atos são o testemunho do poder e da divindade do Deus único (cf. Dt 4.34,35)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1584).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II



Subsídio Bibliológico



“Z. Zevit pesquisou possíveis analogias para as pragas em outras partes da Bíblia. Entre o relato das pragas e a narrativa da Criação, ele descobriu expressões e vocábulos semelhantes, o que o levou a sugerir que Gênesis 1-2, tematicamente, funciona como pano de fundo para as pragas. Dessa forma, por exemplo, na praga do sangue, a expressão ‘sobre todo o ajuntamento das suas águas’ (Êx 7.19) corresponda ‘ao ajuntamento das águas’ de Gênesis 1.10. Zevit também relaciona as dez pragas às dez ocorrências da expressão ‘e disse Deus’ (Gn 1,3,6,9,11,14,20,24,26,28,29)” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ, CPAD: 2007, p.183).


REFERÊNCIA



Lições Bíblicas CPAD, 

Jovens e Adultos

1º Trimestre de 2014


Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto






SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO



As pragas e as ardilosas propostas de Faraó



Faraó estava decidido a não deixar o povo de Deus partir do Egito, pois a saída dos hebreus iria prejudicar seriamente a economia egípcia. Diante da recusa de Faraó, o Senhor enviou várias pragas que deixaram o Egito arrasado economicamente. Como um Deus bondoso poderia enviar terríveis flagelos a um povo?

Qual era o seu propósito? O Senhor desejava mostrar que os deuses egípcios não eram nada. Todavia, os mágicos de Faraó tentaram, por duas vezes, realizar também os mesmos milagres. Nos dois primeiros flagelos eles foram bem-sucedidos (Êx 7.14-24; 8.1-15), porém Deus não permitiu que houvesse mais demonstração de milagres por intermédio do ocultismo. Cada praga enviada ao Egito estava relacionada com uma divindade adorada por eles. Quando Faraó viu que não poderia deter os hebreus por muito tempo, tentou iludi-los com falsas promessas. Estamos vivendo tempos trabalhosos, precisamos estar também atentos às muitas propostas ardilosas do maligno para a igreja. Moisés, como líder do povo de Deus, soube discernir cada sugestão de Faraó. Tem você buscando em Deus o dom do discernimento?

Observe, com atenção, as quatro ardilosas propostas de Faraó e veja o que elas representavam: A primeira proposta de Faraó (8.25). “Ide, sacrificai ao vosso Deus nesta terra” (Êx 8.25). O que ela representava? Representava a falta de santidade, de separação das coisas deste mundo. Deus exige santidade do seu povo: “E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26).

A segunda proposta (8.28). “Somente que indo, não vades longe”. O que ela representava? Uma separação parcial do Egito. Atualmente muitos já aceitaram esta proposta e querem viver um cristianismo sem compromisso com Deus e sem a cruz.

A terceira proposta (10.7). “Deixai ir os homens somente, e os filhos fiquem no Egito” (Êx 10.7). O que ela representava? A divisão familiar. Deus criou a família e deseja que ela viva unida, pois nenhum reino (ou instituição) dividido pode estar de pé (Mc 3.24), porém o Inimigo trabalha sempre para separá-la.

A quarta e última proposta. “Ide, servi ao Senhor; somente fiquem ovelhas e vossas vacas” (v.24). O que ela representava? A falta de sacrifícios, de entrega ao Senhor e de adoração. Evangelho sem a cruz de Cristo não é evangelho autêntico.

Satanás vai tentá-los com muitas propostas. Ele tentou o Filho de Deus, mas foi derrotado. Jesus derrotou o Diabo utilizando a Palavra de Deus, faça uso da Bíblia, pois ela é uma arma poderosa contra as propostas ardilosas do Inimigo.



As Pragas Divinas e as Propostas Ardilosas de Faraó - CPAD



O PROPÓSITO DAS PRAGAS  
Por  Victor P. Hamilton
Essa ênfase no conhecimento do Senhor alça as pragas para além de sua função de castigar severamente. As pragas não são uma vingança contra Faraó. O Senhor não tem a intenção de deixar no Egito um Faraó arrasado e destruído, nem tenciona fascinar o governante egípcio com uma exibição de milagres.
O propósito divino é fazer com que Faraó e seu povo - para não mencionar os israelitas - passem efetivamente a conhecer o verdadeiro Deus. É estabelecida uma estrutura com fins didáticos, de forma que o conhecimento seja transmitido através de observações e experiências pessoais, não por ouvir falar. Conhecer ao Senhor como Senhor significa reconhecer e se submeter a sua autoridade. Essa é a escolha que precisa ser feita, a qual Faraó é convidado a fazer. É claro que, nos capítulos finais, não vemos nada sobre Faraó ter dito “Agora conheço Jeová” ou “Eu sei quem Jeová é”. Além disso, não há nada nem remotamente semelhante à profecia de Isaías sobre o Egito que falarão a língua de Canaã e farão juramento ao Senhor dos Exércitos” (Is 19.18).
Dez pragas são registradas:
1. 7.14-25: água em sangue.
2. 8:1-15: infestação das rãs.
3. 8.16-19: insetos (ou piolhos).
4. 8.20-32: infestação das moscas (com os hebreus sendo poupados [8.22]).
5. 9.1-7: peste sobre o gado (com os hebreus sendo poupados [9.4,6]).
6. 9.8-12: úlceras sobre homens e animais.
7. 9.13-35: saraiva, trovões e raios (com exceção da área destinada aos hebreus [9.26]).
8. 10.1-20: infestação de gafanhotos.
9. 10.21-29: três dias de densas trevas.
10. 11.1-12.36: morte dos primogênitos, tanto do povo como do gado (com exceção dos hebreus, caso se preparassem de forma correta [12.7,13]).
Muito já se disse sobre as pragas serem diretamente voltadas para algum aspecto específico da religião egípcia. Em diversos casos, isso é bem possível, mas em outros fica difícil fazer essa correspondência. Na verdade, em Êxodo 12.12, vemos o Senhor dizendo: “e sobre todos os deuses do Egito farei juízos”. Veja também Números 33.4b: “e havendo o Senhor executado os seus juízos nos seus deuses”. Para algumas das pragas, a correspondência é válida.
1. Hapi, o deus do Nilo, portador da fertilidade.
2. Hekt, a deusa da fecundidade com cabeça de sapo.
4. Kheper, na forma de um besouro (que talvez possamos incluir na praga das moscas). Ele representa o ciclo diário do sol pelo céu.
5. Muitos deuses e deusas egípcias são representados zoomorficamente em   hieróglifos: Hator, representada como uma deusa com a cabeça de vaca ou como uma deusa com a cabeça humana e orelhas ou chifres de vaca; Amon, rei dos deuses e protetor dos Faraós, representado por uma figura masculina com cabeça de carneiro ou como carneiro com uma tríplice coroa; Geb, divindade da terra, representado como um ganso ou como uma figura humana com um ganso na cabeça; Ísis, rainha dos deuses, representada com chifres de carneiro ou vaca na cabeça.
7. Nut, deus do céu e protetor dos mortos.
8. Serapia, protetor contra os gafanhotos.
9.  Rá, personificação do sol, rei dos deuses e pai da humanidade.
10. Possivelmente Taueret, deusa da maternidade que governava sobre os nascimentos e que, mais tarde, tornou-se uma divindade protetora do lar.
É preciso deixar claro que o texto bíblico não dá indicação alguma de que as pragas devam ser associadas à religião e às divindades egípcias. Tais semelhanças, portanto, devem ser coincidências. No que diz respeito à natureza das pragas, é mais do que possível que algumas já tivessem sido experimentadas pelos egípcios (como, por exemplo, a coloração vermelha das águas do Nilo e a praga das rãs oriundas dos manguezais ao longo do rio). Outras foram provavelmente inéditas, como, por exemplo, as pragas da saraiva e das trevas, dada a quase perene estiagem e dos dias ensolarados durante o ano inteiro (com exceção dos vendavais, que rapidamente tapavam a luz do sol).
Texto extraído do “Manual do PentateucoGênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio“, editado pela CPAD.
Publicado no Portal CPAD

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Aula ministrada pelo Presb. Ailton Nantes para EBD da Assembléia de Deus em Londrina





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